Equipes da Secretaria de Agricultura começam a visitar produtores
A Secretaria Municipal de Agricultura está com toda a sua equipe em campo. Segundo informações do subsecretário, Carlos Alberto Carneiro, já foram identificadas algumas prioridades e assim que as estradas de acesso forem desobstruídas o trabalho passará a focar a construção de cerca de 40 pontes em áreas rurais, a recuperação do leito de estradas de terra e asfalto, que somam aproximadamente 550 km, e a reconstrução de escolas.
Embora todos os esforços estejam voltados à calamidade, esta semana a Secretaria conseguiu, com a ajuda de uma patrulha mecanizada, chegar às principais áreas rurais afetadas pela chuva. O equipamento foi disponibilizado pela Emater a pedido do secretário Estadual de Agricultura, Christino Aureo, que esteve no município na semana passada.
As primeiras localidades atendidas foram Riograndina e Janela das Andorinhas, que assim que desobstruídas, será a vez de Campo do Coelho, terceiro distrito de Nova Friburgo, onde a perda da produção agrícola foi de aproximadamente 100%, segundo Carlos Alberto. Outra patrulha mecanizada ainda trabalha na localidade de Ponte Branca, que ficou isolada de Vargem Alta, que dá acesso ao distrito de Lumiar.
“Estamos começando a transitar na área rural para possibilitar, primeiramente, o acesso. O secretário Roberto Wermelinger, tem ido todos os dias às áreas atingidas. Vamos poder atender os produtores de acordo com a necessidade, a prioridade; e hoje a prioridade é encontrar os corpos soterrados em localidades como Córrego D'antas e São Geraldo”, explica o subsecretário.
Primeiros contatos
Na terça-feira, 18, não só foi encaminhado um caminhão com doações às localidades de Conquista, Salinas, Santa Cruz, Centenário, Baixada de Salinas, São Lourenço, entre outras, como o próprio veículo recolheu doações dos produtores dessas localidades para encaminhar à Friburgo Auto Ônibus Ltda. (Faol), local onde estão sendo preparadas quentinhas.
As equipes da Secretaria de Agricultura que estão em campo já concluíram que a perda do tomate, que estava sendo colhido, foi de 100%. Os funcionários buscam outros dados para contabilizar as perdas das lavouras, fotografar as áreas e fazer um primeiro diagnóstico sobre as incidências de deslizamentos e quedas de barreiras. “Quanto mais dados forem sendo levantados, mais fácil ficará o nosso trabalho para poder ajudar”, comenta Carneiro.
Escritório avançado
As secretarias de Agricultura e Pro-Leitura se uniram para viabilizar serviços aos agricultores. Um ônibus utilizado para incentivar à prática da leitura deverá, a partir do início da próxima semana, funcionar como Escritório Avançado para oferecer assessoria sobre créditos, financiamentos e seguro, junto com técnicos da Emater.
“O Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) está vencendo e o Banco do Brasil já anunciou que os contratos de custeio de investimentos com data entre janeiro e março serão prorrogados por 180 dias. A Emater estará conosco para ajudar no laudo necessário para créditos futuros”, comenta Carlos.
Dificuldades e superações
Está sendo estudada a possibilidade da colocação de uma ponte móvel em Salinas, localidade extremamente prejudicada com a chuva. Carneiro informa que há outros casos também bastante complicados nas áreas rurais e um exemplo é a localidade de Córrego Frio, cujo acesso se dá por Conquista, Campo do Coelho e Rio Grande de Cima, sendo que em um determinado momento as estradas se encontram onde havia uma ponte que a água levou. Os produtores não conseguem escoar sua produção, mas engenheiros já estiveram no local sobrevoando a região e estudam soluções o mais rápido possível para que a atividade econômica possa retomar.
“No caso da Agricultura, quando falamos em perda, falamos no geral. Quando inunda, escoa e a área pode ser mexida e plantada, mas quando você tem a destruição de uma área de produção, você não tem mais como plantar. A violência das águas em alguns lugares foi tamanha que a área desapareceu e um córrego virou rio. No momento, a única boa notícia é que o setor de floricultura não foi afetado e os produtores estão comercializando normalmente”, concluiu Carlos Alberto Carneiro, demonstrando-se cansado diante da situação de calamidade.
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