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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Prefeito recebe ministro do Trabalho

Medidas para aquecer economia foram anunciadas

O prefeito Dermeval Barboza Moreira Neto recebeu nesta segunda-feira, 14, em seu gabinete, o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, que veio a Nova Friburgo, em companhia do vice-governador, Luiz Fernando Pezão, anunciar as medidas tomadas pelo ministério em auxílio ao município.

Em reunião com o ministro, Dermeval enumerou as necessidades imediatas dos friburguenses e elegeu como prioridade a manutenção da oferta de trabalho e o apoio aos empreendedores, para que não haja na cidade, em função da tragédia, um esvaziamento do setor econômico.

Lupi listou as ações emergenciais já disponibilizadas aos municípios atingidos pelas chuvas, como a liberação de recursos em torno de R$ 15 milhões para qualificação profissional, por meio do Programa Projovem Trabalhador, que prepara o jovem para o mercado de trabalho e para ocupações alternativas geradoras de renda. Podem participar do programa desempregados com idades entre 18 e 29 anos, e que sejam membros de famílias com renda per capta de até meio salário mínimo.

O ministro também sugeriu a criação de núcleos de Economia Solidária, com a formação de espaços para venda de produtos da economia local, além da realização de cursos de qualificação profissional, assistência técnica e apoio a agentes comunitários.

Outras medidas foram anunciadas, como a prorrogação por até dois meses do seguro-desemprego e a concessão do bolsa qualificação, que mantém o contrato de trabalho e permite ao trabalhador receber até cinco parcelas de salários enquanto participa de cursos técnicos.

Participaram da reunião, além do prefeito e do vice-governador, o deputado federal Glauber Braga, o deputado estadual Rogério Cabral, além do suplente de senador, Olney Botelho, dos vereadores Luciano Faria, Pierre Moraes e Sérgio Xavier e dos secretários municipais.

Depois do encontro no gabinete, o prefeito e o ministro seguiram para visitas a sindicatos e empresas atingidas pela destruição do dia 12. 



DIA DE NOVA FRIBURGO

Francisco, João, Clara, Manoela... no 12 de fevereiro de Nova Friburgo, centenas de balões ascenderam ao céu num mosaico de amor e dor. A imagem da Praça do Suspiro, com os nomes das vítimas gravados nas bolas de gás, parecia um quebra-cabeça trágico, que contava a triste história de friburguenses que perderam a vida na catástrofe que completou um mês.
Enquanto as famílias e amigos se despediam olhando para o céu, a esperança surgia do chão, junto às inúmeras plantas que eram distribuídas e serão plantadas para que novos friburguenses possam ver renascer a Nova Friburgo.
O dia foi marcado por uma comoção generalizada. Lágrimas, abraços, despedidas; cada encontro lembrava o que já foi ou quem já se foi e ao mesmo tempo representava a vida que continua e uma cidade que precisa de reconstrução.
Um emocionado prefeito pedia para que todos vestissem a camisa de Nova Friburgo, não só naquele momento, mas todos os dias, sem que a necessidade de se refazer, de se reinventar, fosse esquecida no cotidiano.
Ao meio-dia, na Praça Dermeval Barbosa Moreira, um minuto uniu os silêncios de horas, dias de horror. Todos de mãos dadas, num abraço simbólico, se calavam para escutar uma nova cidade nascendo, no contraste entre o barulho das máquinas trabalhando e a esperança arrancada em suspiros e choros.
O toque dos sinos da catedral São João Batista e o ‘Pai Nosso’ retumbante dos friburguenses encerraram o dia de homenagens e iniciaram uma Friburgo mudada, repleta de marcas ainda expostas, mas cheia de confiança de voltar a ser bela, de voltar a ser Nova.  
Centenas de bolas representaram as vítimas da tragédia friburguense