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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

DIA DE NOVA FRIBURGO

Francisco, João, Clara, Manoela... no 12 de fevereiro de Nova Friburgo, centenas de balões ascenderam ao céu num mosaico de amor e dor. A imagem da Praça do Suspiro, com os nomes das vítimas gravados nas bolas de gás, parecia um quebra-cabeça trágico, que contava a triste história de friburguenses que perderam a vida na catástrofe que completou um mês.
Enquanto as famílias e amigos se despediam olhando para o céu, a esperança surgia do chão, junto às inúmeras plantas que eram distribuídas e serão plantadas para que novos friburguenses possam ver renascer a Nova Friburgo.
O dia foi marcado por uma comoção generalizada. Lágrimas, abraços, despedidas; cada encontro lembrava o que já foi ou quem já se foi e ao mesmo tempo representava a vida que continua e uma cidade que precisa de reconstrução.
Um emocionado prefeito pedia para que todos vestissem a camisa de Nova Friburgo, não só naquele momento, mas todos os dias, sem que a necessidade de se refazer, de se reinventar, fosse esquecida no cotidiano.
Ao meio-dia, na Praça Dermeval Barbosa Moreira, um minuto uniu os silêncios de horas, dias de horror. Todos de mãos dadas, num abraço simbólico, se calavam para escutar uma nova cidade nascendo, no contraste entre o barulho das máquinas trabalhando e a esperança arrancada em suspiros e choros.
O toque dos sinos da catedral São João Batista e o ‘Pai Nosso’ retumbante dos friburguenses encerraram o dia de homenagens e iniciaram uma Friburgo mudada, repleta de marcas ainda expostas, mas cheia de confiança de voltar a ser bela, de voltar a ser Nova.  
Centenas de bolas representaram as vítimas da tragédia friburguense

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