A Prefeitura de Nova Friburgo recebeu na quarta-feira, 16 de março, um catálogo da Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio de Janeiro (Emop) contendo relatório sobre os deslizamentos de encostas no município. O secretário de governo, José Ricardo Lima, foi quem concedeu entrevista a veículos de comunicação para explicar o conteúdo do documento.
Segundo Ricardo, foram identificados 431 deslizamentos, sendo que aproximadamente 200 deles precisarão de intervenções, com obras de contenções. “O catálogo explica o tipo de intervenção necessária e a estimativa de custo da intervenção. O restante dessas áreas ou são inabitadas, e por isso não necessitam de intervenção, ou são de atribuições de concessionárias, DER, entre outras mais”, destacou o secretário.
O relatório será analisado por setores pertinentes da Prefeitura para tentar estabelecer prioridades, embora Ricardo reconheça que esta ação será difícil, pois o governo entende que todas as áreas são prioritárias. “Teremos que fazer uma escala de prioridades e por isso precisaremos analisar para devolver o relatório ao Governo do Estado, para buscar verbas e resultar na execução dos serviços”, acrescentou José Ricardo.
Embora não haja um balanço geral sobre a verba necessária para a execução das obras, o secretário não tem dúvida de que o orçamento municipal é inviável e a Prefeitura dependerá do apoio dos governos Federal e Estadual. “Segundo informações da Emop, passa de R$1 bilhão. Por mais que a gente se esforce, nosso orçamento não tem condições de contemplar, principalmente porque diante da catástrofe temos um prejuízo na arrecadação. Se o orçamento já era apertado, agora está mais ainda”, reforça Ricardo.
A intervenção menor está avaliada em torno de R$2 milhões e a maior, na localidade de Três Irmãos, em R$40 milhões. Embora os números assustem, Ricardo entende que faz faz parte do processo que corre com normalidade levando-se em consideração a grandiosidade do problema. Questionado sobre a preservação do meio ambiente, Ricardo informou que todos os estudos estão sendo acompanhados por técnicos do Instituto Estadual do Ambiente (Inea).
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